sábado, 2 de maio de 2009

Isshi's novels – Corrida de 3 pernas (parte 1/2)

Olá para todos! (^__^)/~

Aqui é a Sammy de novo com uma nova historinha do Isshi. Como havia dito antes, ela fala sobre um relacionamento entre pais e filhos. Eu achei ela super doce. O que será que vocês vão achar? Leiam e continuem comentando por favor! (^^~)
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Corrida de 3 pernas

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Eu odiava meu pai. Reticente, sem vontade de prosperar, sempre sujo com graxa... Eu estava pensando no fundo do meu coração que tudo o que eu não queria no futuro era ser um pai como ele.

A minha família possui um pequeno e independente negócio – uma loja de bicicletas, onde meu pai sempre esteve trabalhando das dez da manhã às sete da noite, fazendo reparos em correias que saíam dos trilhos, emendando buracos em pneus e coisas semelhantes. Como eu odiava ter tal imagem de um pai, quando voltava da escola, evitava a entrada principal que também era a entrada da loja e usava a porta dos fundos para ir e vir. Até mesmo depois que me formei do ensino médio e fui estudar em uma universidade em Tóquio tendo que vir posteriormente trabalhar aqui, meus sentimentos não mudaram.

Eu acho que comecei a odiar meu pai na época em que eu estava nas primeiras séries do primário. Na minha escola, no dia das crianças (5 de maio), havia a “assembléia das carpas” um tipo de competição de atletismo e dentre as competições em que os pais também participavam, havia uma competição chamada “corrida de 3 pernas”. Normalmente as crianças participavam com seus pais, porém, como o meu pai havia sofrido um acidente a muito tempo atrás e tinha comprometido a sua perna direita, eu corri na competição junto com a minha mãe.

Isso aconteceu no primário e eu ainda não sei dizer se foi algo bom ou ruim.

“Por que você corre com a sua mãe?”

“É só você quem corre com sua mãe! Você não faz nada sem a mamãezinha do lado?”

Tais perguntas vinham dos meus colegas de classe que não sabiam sobre as condições da perna do meu pai, porém, eu comecei a guardar ressentimentos contra ele por isso e o culpava por tudo. Meu pai sempre ficava em silêncio e pra mim, que era muito jovem na época, apenas dizia ”mesmo que você me culpe, não há nada que você possa fazer sobre isso.” Com esse dilema, a raiva que eu tinha que não sabia para onde direcionar, só pode converter-se em uma ira silenciosa e sem sentido contra ele.

O motivo pelo qual estou relembrando disto agora é que eu recebi uma ligação da minha mãe dois dias atrás, ao entardecer, me dizendo que meu pai havia sido hospitalizado e perguntando quando eu poderia voltar para casa. Parecia que meu pai com sua perna debilitada, enquanto voltava de uma visita às flores juntamente com a associação dos moradores, cometeu um pequeno deslize e caiu batendo a cabeça seriamente e agora ele estava muito preocupado por que teria que passar algum um tempo no hospital.

As desagradáveis memórias da minha infância vieram à tona repentinamente, então suspirei e, enquanto rosnava “tsk! Ah cara!” disquei o número da estação de Tóquio e comprei uma passagem para o primeiro trem com destino a Shinkansen programado para a manhã seguinte.

Buscado pela minha mãe na estação, eu estava agora, depois de um longo tempo afastado, voltando para a casa onde para mim tudo era sombrio e como sempre, cheirava a óleo. Subi as escadas e fui para o quarto onde eu passara os primeiros 18 anos de minha vida e, quando sentei na cadeira da minha escrivaninha que ainda estava repleta de anotações, eu reparei em uma fotografia que não tinha visto antes sobre ela. Eu peguei o porta retrato que a continha e estava olhando para a foto, quando minha mãe se aproximou e disse: “esta foto que você vê, está aí por que seu pai pediu para que eu colocasse”.

Eu estava na foto. Foi tirada durante o ensino médio e nela eu estava sorrindo e mostrando um prêmio que certificava que eu tinha ganho um concurso a nível de prefeitura.

“Por que ele pediu isto?”

Eu entreguei a foto à minha mãe

“Seu pai estava realmente feliz. Bem, ele não tinha como correr, não é? Por isso ele realmente amava vê-lo correndo” disse ela inclinando o queixo e encostando-o na mão direita com as sobrancelhas um pouco soerguidas.

“Hmm.. Entendo… então, como ele está?”

Quando eu perguntei sobre a condição de meu pai, minha mãe sentou-se na cama e respondeu-me com um olhar sombrio:

“A pancada que ele levou na cabeça não foi nada sério, mas ele provavelmente não poderá voltar para casa por um algum tempo...”

Ouvindo essas palavras eu ajeitei a cadeira e então pude olhar nos olhos dela e perguntar:

“Há algo de errado?”

O olhar da minha mãe foi ficando cada vez mais enegrecido.



(...)



E com isso eu fico por aqui encerrando o post de hoje! xD

Peço desculpas por interromper logo em um momento tão alto da narrativa. Mas vocês realmente não perdem por esperar. Com relação ao final eu só posso adiantar uma coisa: Tenham fé! Teremos um desfecho melhor do que os das novelas da globo! ;D

Kissu x*

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