Oi povo! (^-^)/
Já estamos na quarta história! Bem, não sei se todos sabem, mas no Japão, há várias lendas ao redor das árvores de cerejeira. Machucar uma árvore dessas era uma maldade sem precedentes e passível de conseqüências pela falta de amor em agredir algo tão puro e belo. Na história anterior, vimos o espírito de uma cerejeira se tornar uma linda jovem e ir embora depois que a árvore da qual fora originada ter sido cortada. A história deste fim de semana faz referência a mais outra lenda, bem distinta da anterior e meio macabra até. Leiam que vocês irão compreender! (^-^~) Espero que gostem!
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O Mistério da Cerejeira
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Eu odeio árvores de cerejeira...
Aquela cor das pétalas que parecem ter sugado sangue, aquela casca do tronco áspera que faz você pensar no cadáver de um homem que morreu de inanição... E acima de tudo, à sombra daquele tronco,ela parece estar esperando agora mesmo... Por um novo sacrifício...
Por que os adultos fazem festa em volta daquela coisa? Não posso entender. Ah... é tão irritante lembrar disto. Mesmo depois de tantos anos desde o que aconteceu, mesmo estando chegando ao meu fim, não posso afastar aquele incidente das minhas memórias.
Era primavera e eu tinha entrado no ensino médio. No meu caminho de volta para casa eu passava habitualmente por uma rua com várias árvores de cerejeira dispostas ao longo da margem de um rio junto com o meu amigo de escola, o K, quando vimos uma árvore de cerejeira que nunca tínhamos notado antes, a qual não tinha desabrochado nenhuma flor e parecia ter apodrecido.
Paramos em frente daquela árvore. ‘Oh, esta árvore já está morta. Vai ser melhor se eles a cortarem logo’, disse K e deu um pontapé na árvore. Eu não disse nada, somente olhava mas K foi novamente e ”Puf!” arrancou um galho fino daquela árvore de cerejeira; naturalmente pensei que seria ruim, portanto eu disse ‘Vamos embora’, chamando por K que mantinha o galho fino quebrado na sua mão mesmo ao sair de perto daquelas árvores.
No cruzamento em frente à livraria dissemos ‘Tchau. Te vejo amanhã’ e separamo-nos até a manhã seguinte mas eu fiquei com uma sensação de culpa, então, virei e disse ao K: ‘é melhor você jogar isto fora’. Mas acabei duvidando dos meus próprios olhos. O galho fino que o K levava pareceu muito com um braço humano. “Ah..!” Embora dito em uma voz baixa, o K deve ter-me ouvido.
‘O que?’ ele virou-se para mim. O que K segurava voltou a parecer novamente e sem sombra de dúvida o galho fino que fora quebrado mais cedo.
No dia seguinte, K não veio para a escola. Eu perguntei ao professor:
‘Aconteceu algo com o K?’
O professor respondeu:
‘Sim. Na verdade… nós recebemos uma ligação da mãe dele. Ele está desaparecido desde a noite de ontem. Vocês estavam juntos ontem quando voltavam para casa, certo? Você sabe de algo?’
‘Eu… eu não sei de nada.’
Com a minha resposta, o professor disse 'Entendo. Bem, se você lembrar algo, diga-me’, então partiu. Fui incomodado todo o dia por ele – para dizer ou não, sobre aquela árvore de cerejeira, mas no fim pensei: ‘e se ele se zanga de mim?’ Pensando dessa forma, não disse nada e apenas deixei as coisas como elas estavam e fiquei esperando aquele dia na escola acabar.
Por alguma razão ou outra, com sentimentos ruins eu fui para casa pelo caminho que segue por detrás do edifício da escola, mas quando me aproximei daquelas árvores de cerejeira, fiquei assombrado. Quando passei por ali de manhã, aquela a árvore de cerejeira estava como antes, murchada e apodrecida, mas durante só algumas horas depois do que havia acontecido, várias flores haviam desabrochado.
‘Como isso pode acontecer...?’
Fiquei aterrorizado, então fui para casa o mais rápido que eu pude, me confinei no meu quarto e me cobri na cama, tremendo de medo. Nem mesmo na hora da janta eu desci, então minha mãe ficou preocupada e veio chamar, mas recusei: ‘Não me sinto bem. Não quero comer.’ Tive tanto medo que não consegui nem dormir. Só fiquei esperando a manhã chegar.
No dia seguinte ...
(...)
Amanhã a sequência. Fiquem de olho! (^_~)
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