domingo, 26 de julho de 2009

Isshi's novels - Uma semana de espíritos malignos – Terça-Feira

Oláa! Só antes de começar, eu preciso dizer que, a tradutora quis substituir “Isshi” por “Hitoshi” apenas para soar mais como um estudante ginasial e menos como uma diva ;D créditos à oni_life.
Espero que gostem deste evento de Terça-feira !
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Que trágico... que doloroso... "Não adianta chorar sobre o leite derramado". Se eu penso sobre os últimos dias, possivelmente este é o provérbio que me vem à mente. No dia seguinte eu carreguei comigo terríveis pensamentos de arrependimento, tendo sido suspenso de comparecer à escola. Mas ainda assim, eu, que fora imaturo e causara essas situações por conta própria, deveria certamente ser amaldiçoado. As pessoas à volta, e em particular o irmão mais velho do primo que eu mencionei antes, tinham ressentimentos de mim.

"Meu irmão é tão insignificante, se exibindo desse jeito!!" ele falou com raiva. Eu achei que a sua expressão azeda falhava... Relutantemente, nesse ponto, eu continuei a pisotear os cadáveres de sapo como sempre fazia nas minhas caminhadas através da área da escola. Quando eu alcancei a escola, eu fiquei com mais raiva por nenhum motivo aparente, apenas foi uma emoção que eu senti subir minha garganta acima.

"Ahh... Quando eu chegar à escola os caras da minha sala vão estar todos falando sobre os acontecimentos de ontem... Mas mesmo que falem, eles são apenas crianças... Quando eu fiz surgir a labareda de fogo repentinamente, nessa hora eles não estavam com raiva, estavam? Agora eu estou sendo odiado pelo mesmo grupo, mas quando eu vejo os rostos deles... Eu realmente não sei o que fazer..."

No meu quinto ano de escola, eu carreguei pesadas preocupações. Com os dois pés pisoteando a rua abaixo, dentro do mesmo ar amortecido e úmido com solo lamacento, eu sustentei aquele sentimento. Estas duas emoções eu descobri serem demais pra mim, quando por fim eu cheguei à minha escola depois de uma longa e cansativa caminhada.

Entrando na sala, como eu temia que acontecesse, eles estavam à minha espera. As pessoas diziam:

"Você está bravo?", "Huh, você está com raiva?", "E então, e então?"

Todo mundo veio me bombardeando com perguntas desnecessárias.

"Era enorme, não era?", "Anime-se!", "Ei, você tá bravo?".

De alguma forma, minhas preocupações imediatas foram esquecidas, quando as pessoas não conseguiram esconder os seus olhares inquisitivos.

"Mostre pra mim!", "Eu quero tentar também!".

Hahaha... Com o isqueiro de 100 ienes numa mão, eu pus o dedo protegido de ontem dentro da chama, para as risadas frívolas e vazias...

Eu só podia fazer isso com um sorriso forçado, mas na minha alma eu dizia:

"Whoa, whoa, vocês são tolos? Parem de me pedir pra que eu deixe vocês tentarem, o isqueiro não é para crianças ficarem carregando. Então, não fiquem chateados, eu sou o alvo aqui, e vocês sabem que, se mais tarde formos descobertos, serão repreendidos. E mesmo eu provavelmente não saberei o que dizer".

"Só porque Hitoshi pode realmente fazer... Todos querem imitá-lo. Perfeitamente."
Eu não consegui transpôr em palavras o olhar do rosto do professor na nossa sala de chamada, quando eles se voltaram na minha direção.

Enquanto as pessoas à minha volta mostravam sorrisinhos, meus próprios olhos permaneciam fitando a entrada da sala de aula.

"Quando aquela menina aparecer, eu terei que me desculpar..."

Pensando nessas palavras, o sino matinal tocou exatamente antes de eu avistá-la. Eu caminhei depressa até ela enquanto ela chegava à sua carteira.

"Eu sinto muito por ontem, ok?... Está tudo bem com você?"

Ela me ouviu e disse:

"Sim. Eu estou bem. Não se preocupe com isso, ok?", foi o que ela disse.
Foi algo miraculoso, apenas dessa forma, suas palavras me libertaram das correntes de chumbo a que eu estava preso.

Um vez que eu me sentia aliviado, o incidente de ontem passou a ser apenas um pensamento do passado, mas a libertação novamente daquele estado de humor abria as portas de um inferno. Naquele momento, nem mesmo em sonhos eu poderia imaginar que aquilo pudesse acontecer.

O quarto horário era um intervalo, e por volta da hora em que eu acabara de almoçar, eu já havia ganhado energia. Junto com todo mundo, nós atravessamos até o ginásio recém construído. Era bastante largo, mas sem as cestas de basquete instaladas, na chuva, o pátio da escola não era muito utilizável, exceto para o baseball, hoje e naquela época. Como era de se esperar, rebater uma bola de tênis comum era um pouco arriscado; quando estávamos num ambiente interno, uma bola como essa era substituída por uma bola inflável que pudéssemos usar. Mas o bastão que usávamos era de metal.

As regras eram bem rígidas, apesar de a quadra não possuir um limite marcado para o home run. Então, quando a bola batia na parede dos fundos, as pessoas prestariam atenção na bola com cuidado. E se as pessoas pegassem a bola, então o home run passava a ser um fora automático. Na nossa simplicidade de criança nós decidimos essas regras. Naquele dia pareceu que eu sempre fora o apanhador da terceira base, e até o início do quinto período, eu passei o tempo todo pensando. Quando chegou a hora da troca do segundo rebatedor, algo certamente fez ele acordar.

Estávamos naquele local havia pouco mais de cinco minutos antes do intervalo para o almoço, quando naquele momento eu me preocupava em não acertar ninguém - era a minha vez de girar o bastão. As pessoas à minha volta eram unânimes:

"Aqui, essa é a última não é?! Contamos com você, Hitoshi! Pra que os corredores voltem pras suas casas!". Eles torciam, me fazendo ganhar confiança. A partir do momento em que o sino começou a tocar até onde ele parou, nós caminhávamos para a vitória. Agora era apenas um ponto trivial, mas se os corredores da terceira base e da segunda base pudessem ser mandados embora, meu time venceria. Apoiando-me, eu pus o pé na placa e o arremessador me fez dois lançamentos.

"Como estamos contando com você, um strike nos derrotará, você sabe disso! E já não está começando a aula?", eles diziam.

Aquele rapaz mostrou um sorriso rude. "Ok, esta será a bola enfeitiçada!"
Abola se agitava freneticamente entre as suas luvas.

"Melhor fazer isso rápido!"

Enquanto ele dizia isso, eu me preparava. O arremessador agitou o seu braço e atirou uma bola terrivelmente rápida.

"É uma bola incrível!"

Desconsiderando aqueles strikes, quando a bola atingiu a metade do seu caminho eu girei com todas as forças do meu corpo, dando tudo de mim.

"Unngh! Que sensação..." Eu pensei, ao mesmo tempo em que escutei o som de vidro se espatifando. A bola havia atravessado o vidro da janela da galeria do segundo andar. Dentro da minha cabeça sustinha-se um sentimento incômodo de dubitação. Ao olhar para todos à minha volta, eles todos sentiam-se da mesma forma. Abobalhados, estáticos.

"Como? Como isso aconteceu com uma bola de borracha?"

O tempo parou completamente como ar estático, e apenas um rapaz mexia a cabeça com vergonha, como se choramingasse. Tinha sido o arremessador. Eu vi o seu rosto. Foi algo inacreditável o que aconteceu, ele havia trocado a bola de borracha por uma bola de tênis que estava escondida no seu bolso. Aquele havia sido um sério rebatimento. E por acaso, era eu o que havia girado o bastão, portanto a cena desastrosa do vidro quebrado do ginásio era toda por minha causa.

"É... sem chance... uma coisa assim..."

As pessoas à minha volta finalmente entenderam a situação, coisas que tem que acontecer, acontecerão. Deixando-me pra trás, eu que havia girado o bastão, eles rapidamente se retiravam sem questionar. Além do mais, eles me jogaram para o verdadeiro ápice do desespero. Mesmo aquele arremessador, que supostamente começara esse incidente, de forma ágil bateu em retirada.

Mais tarde, eu ouvi o diretor vindo até mim. Ele me trouxe até a sala dos funcionários e chamou o meu professor da sala de chamada. E para a minha perplexidade, eu estava sendo mandado de volta para a sala de aula. Então, eu teria que permanecer longamente após o fim da aula sozinho, solitário, até a hora de ir para casa.

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