quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Kagrra on Performing Lives

Mais uma entrevista da série que a Loviisa está traduzindo.
Esta, como o título já diz, fala sobre as performances ao vivo da banda. Mais uma vez, fica a dica para quem quer conhecer um pouquinho mais sobre a banda.
Continuem lendo!

KAGRRA ON PERFORMING LIVES
(21 de Janeiro de 2002)


[ Legenda: IS Isshi, AK Akiya, SH Shin, NA Nao, IZ Izumi ]

Eu já fui a vários shows do Kagrra, e sinto que a banda põe muito empenho e expressão em suas performances, tanto visual como musicalmente. Na verdade, uma das vezes eu conversei com os fãs na Live House e muitas pessoas me disseram querer vê-los ao vivo de novo, pois acham o Kagrra, uma banda muito interessante. O que vocês têm a dizer sobre isso?



 IZ: Hmm, o que eu tenho a dizer?? Eu não sei exatamente, quer dizer, nós fazemos isso o tempo todo. Os shows, eu digo. Então realmente não sabemos o que é “interessante” às vistas dos nossos fãs. Lógico que, antes de nos apresentarmos ao vivo, nós pensamos em cada movimento que faremos no palco, mesmo que seja um aceno de mão. Você sempre começa a pensar sobre o fato de que os fãs estão observando cada pequeno movimento seu. Na verdade, isso não importa muito para mim, já que fico escondido (atrás da bateria) praticamente toda a apresentação. Não é como se eu pudesse fazer muitos movimentos. (risos)


É, de fato, você está certo sobre isso.  Mas no último show, você teve um solo de bateria. Conte-nos sobre isso.


IZ: Olha, foi bem complicado. Você não acha que é um pouco difícil de fazer sons tradicionalmente japoneses em um set de bateria moderno? Algumas vezes, quando toco a bateria, eu sinto que o que estou fazendo não soa muito com o estilo japonês, então penso comigo mesmo “Tudo bem, então vou tocar apenas para me divertir.” Mas quando chega o show, tudo o que eu quero é presentear os fãs com o melhor. Eu sempre penso sobre isso.


SH: Generalizando, eu não acho que isso seja muito diferente para outras bandas. Todos querem fazer a melhor música e presentear os fãs com o melhor de si. Por exemplo, o “para-para” (tipo de dança), a maioria das bandas de rock gostariam de ter um estilo interessante, diferente, para que os fãs reagissem à musica deles. Mas não nós. Nós somos mais voltados em criar movimentos que os fãs diriam “Ahn??!! Mas que...?!” Algo que seria completamente diferente do resto. Algo que deixaria os fãs perplexos.


Que tipo de movimentos...?

AK: Vamos todos nos movimentar horizontalmente!!! (risos) 

SH: Na real, essa idéia já surgiu antes. (risos) “Vamos lá, todos movam seus corpos da esquerda para a direita!”


IS: Lógico que eu não posso dizer que isso não acontece durante os nossos shows, mas se você não participar... Bem, na verdade é impossível alguém não entrar na onda. Em um show normal, você veria os fãs pulando para frente, em direção ao palco, mas com o Kagrra, eles vão de um lado para o outro.

Essa concepção provavelmente surgiu após a performance da música “Hyakkiyakou”, na qual todos vocês iam da esquerda para a direita. Então deve ser por isso que os fãs...



IS: Éé, você está certo!
(todos riem)

SH: Na verdade, esse é a idéia do nosso jeito de expressar nossas músicas. Mas isso não é mesmo uma coisa muito normal, é? Quer dizer, você não vê esse tipo de “expressão” em outro lugar. Então isso é um jeito distinto e único do Kagrra.

O que você tem a dizer, Akiya?



 AK : Bom, se apresentar em um show é definitivamente a coisa mais difícil de se fazer, mas o nível de dificuldade varia de acordo com as conseqüências. Tanto a performance musical como a visual são importantes. A tensão gerada pelas duas coisas está lá para sustentar os dois critérios. A maioria dos fãs que vão e nos assistem provavelmente já assistiram várias outras bandas antes de nós. É muito importante que nós sejamos impactantes quando eles vêm nos assistir, para que dessa forma eles nos distingam das outras bandas. Lógico que se nós fizermos coisas esquisitas no palco, esse ato definitivamente deixará uma marca nos fãs, mas seria isso a melhor coisa a se fazer? Pessoalmente, eu creio que haja mais coisas a se fazer do que simplesmente ser esquisito.


Sim, eu concordo com você. Quer dizer, se você simplesmente agisse de maneira esquisita e impactasse as pessoas, então todos fariam o mesmo, né?


AK: Exatamente. Mas quando nós tentamos e fazemos coisas de um jeito distinto, mesmo que ligeiramente fora do comum, isso não significa que nós sejamos absolutamente esquisitos.  Não é como se o Kagrra exclamasse “Ei, olhe aqui, nós somos esquisitos!”, é mais como se nós quiséssemos ter o nosso próprio jeito de fazer as coisas, ser únicos. Recentemente eu tenho recebido muitas cartas dos fãs me perguntando o motivo de eu não fazer solos de guitarra.


Então, por que você não os faz?


AK: Sabe, todas as vezes que eu ouço outra pessoa tocar guitarra, eu sinto que tem alguma coisa faltando. Mesmo quando eu percebo que eles se esforçam e tocam com todo o seu gosto e concentração. Eu sempre acabo pensando comigo mesmo “Ahn...??” Então eu tenho a sensação que os fãs também pensam assim sobre mim, quando eles me ouvem tocando guitarra.

SH:    /fcplm         [nota: eu ri MUITO nessa parte, porque o Shin deu MESMO um face palm! Como não tinha meios de traduzir, e achei que todo mundo entenderia melhor assim, eu deixei estar.]

AK: É como se eu tivesse a sensação de que os fãs gostariam que eu terminasse o solo mesmo antes de eu acabar, sabe? Algo como “Vai, termina logo com isso”. Eu nunca tinha dito isso antes, é a primeira vez que revelo esse sentimento. (risos)


Pronto, Akiya! Você finalmente se libertou desse seu sentimento. (risos) Isso significa que nós teremos a chance de ver em breve um solo seu?

AK: Hmmm, talvez, talvez. Mas bem provavelmente eu vou me embaralhar todo. (risos)
SH: Então use a sua jeans ou coisa do gênero (para se sentir mais confortável).
AK: Então eu provavelmente nunca farei um solo! (risos)

Voltando ao assunto anterior, o que é essa coisa que te causa tensão?


AK: Bem, novamente, é algo que depende da situação na qual você se encontra. A tensão cresce em mim principalmente quando eu não estou me sentindo muito bem. Tem vezes que ela avança para um estágio em que eu não quero fazer mais nada, de jeito nenhum. E aí está tudo relacionado com aqueles negócios do nosso penteado e maquiagem, isso é bem complicado.

E você, Nao?


NA: Para mim, um show é um show. É algo que se tornou muito normal pra mim, como outra de nossas obrigações. Quer dizer, é algo que vem junto com o fator “estar numa banda”. Mas se tem uma coisa que sempre me incomoda é que o baixo pode soar bem tedioso, mesmo ao vivo. (risos) Você não acha?


Ao invés de dizer “tedioso”, eu diria que o baixo soa, de fato, um tanto leve ou simples. Mas, a minha impressão do seu caso é que o baixo tem seu próprio significado, sua própria identidade.


NA: Mas nós todos estamos cientes do fato de que baixistas normalmente não se destacam nas bandas. Isso realmente faz com que eu queira ser um ótimo baixista, alguém que é o centro das atenções. Eu realmente desejo ser um baixista que não possa ser comparado a ninguém... Bem, pelo menos é isso o que eu sempre quis.


IS: Para mim, um show é formado de vários elementos. Eu confesso que de vez em quando eu acho que sou um pouco dramático ou teatral demais quando estou no palco. É como se eu me tornasse uma pessoa totalmente diferente todas as vezes que um show se aproxima. Todos nós sabemos que os japoneses são conhecidos pelo “kidoairaku” ou as emoções humanas (felicidade, raiva...). Eu sempre desejei que o Kagrra fosse capaz de, um dia, mostrar essa riqueza  no curto período de tempo que temos nos shows. Eu quero ser capaz de transmitir nossa visão para os fãs, independentemente do sexo. Por trás de cada uma das músicas existe um mundo diferente, e eu queria ser capaz de mostrar e explicar os seus significados para os fãs, também. Cada vez que subimos no palco e nos apresentamos para vocês, acreditem em mim, é do fundo dos nossos corações.

Eu me lembrei agora que, no show do dia 17 de Outubro no “Shibuya On Air East”, você derramou lágrimas no final da apresentação. Eu realmente achei que, naquele momento, você conseguiu transmitir aos fãs o que você queria que eles entendessem naquele dia.


IS: Ah, aquele dia... (risos) Uma banda nunca mostra tudo aos fãs. Você tem que entender que, seja lá o que foi que nós mostrarmos aos fãs, isso nunca será tudo o que temos, sentimos ou vivemos. Naquele momento, eu me senti recompensado, ou, para ser um pouco mais específico, foi um sentimento de realização que fez com que eu me sentisse contente com o show. Naqueles instantes eu tive muito disso (esse sentimento). Nossa tour terminou com grande sucesso, e os fãs estavam felizes. Isso nos fez felizes também.

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